A creatina é uma pequena molécula que desempenha um papel fundamental na produção de energia em nossos músculos. Além de sua popularidade como suplemento, a creatina é uma substância naturalmente presente no corpo humano, essencial para atletas e não atletas. Mas como exatamente nosso corpo a produz? Como ocorre sua regulação? E o suplemento de creatina, como é produzido?
Vem com a gente para entender mais sobre o peso pesado dos suplementos!
> Leia também nosso guia completo sobre a creatina.
Produção endógena de creatina
A produção endógena refere-se à maneira como nosso corpo produz creatina de forma natural. Por meio de um processo intrincado, o corpo converte os aminoácidos arginina e glicina, resultando na formação de guanidinoacetato. Posteriormente, através de uma etapa de metilação, o guanidinoacetato se transforma na creatina que conhecemos.
Os protagonistas dessa história são os aminoácidos glicina, arginina e metionina. Eles não apenas servem como blocos de construção para proteínas, mas também desempenham um papel crucial como precursores na síntese de creatina.
Os órgãos envolvidos no processo de síntese são o fígado, rins e pâncreas, que trabalham em harmonia para garantir que os aminoácidos sejam convertidos eficientemente em creatina. Este processo metabólico é uma verdadeira dança química, transformando aminoácidos simples em uma molécula tão poderosa.
Produção exógena de creatina
Produção exógena de creatina é o processo que nos permite consumir a creatina produzida industrialmente para suplementação, seja em pó ou em cápsulas.
Existem dois métodos principais de produção exógena de creatina: fermentação microbiana e síntese química. Ambos têm o objetivo de transformar a sarcosina e cianamida em creatina monohidratada, a forma mais pura e popular da creatina.
Estudos têm nos mostrado que a suplementação com creatina, aliada a uma boa dieta, tem sido associada a uma série de benefícios, desde aumento na intensidade nos treinos até melhorias na saúde cerebral. Mas, como sempre, é essencial consultar um profissional de saúde antes de iniciar qualquer suplementação.
Diferenças entre creatina endógena e exógena
Embora a estrutura química da creatina produzida pelo corpo e da consumida por suplementos seja a mesma, seus meios de produção e suas aplicações podem variar. Enquanto a creatina endógena é produzida naturalmente para atender às demandas energéticas do corpo, a exógena é produzida para complementar e potencializar essa energia — não à toa a creatina é a queridinha dos praticantes de musculação.
A importância da dieta na produção de creatina
Nossa dieta desempenha um papel crucial na produção natural de creatina. Alimentos como carne vermelha e peixes são ricos em creatina e podem ajudar a aumentar seus níveis naturalmente. Algumas leguminosas, como feijão, também têm creatina em suas composições, mas em níveis bem mais baixos.
Ao contrário do que se pensa, a creatina não serve apenas para atletas e praticantes de musculação. Na verdade, estudos mostram que a creatina é extremamente benéfica para idosos, adolescentes e até pessoas com algumas comorbidades. Abaixo, listamos alguns benefícios do consumo de creatina na dieta e na suplementação.
- Suporte energético para células: A creatina fornece energia rápida durante atividades físicas intensas, como levantamento de peso;
- Função cardiovascular: Estudos sugerem que a creatina pode ter benefícios para a saúde cardiovascular, auxiliando na redução da pressão arterial e na melhoria da função cardíaca;
- Desempenho muscular: A creatina ajuda a aumentar a massa muscular e a força, especialmente quando combinada com exercícios de resistência;
- Função cognitiva: A creatina possui efeito antioxidante, ajudando a neutralizar radicais livres e reduzindo danos às células cerebrais;
- Osmorregulação celular: Ela também atua na osmorregulação das células, ou seja, contribui para o regulamento hídrico das fibras musculares.
Regulação e armazenamento de creatina
Nosso corpo determina meticulosamente a quantidade de creatina que deve ser produzida baseando-se em diversos fatores, como dieta e demanda energética. Uma vez produzida, a creatina é armazenada em nossos músculos esqueléticos e fica pronta para ser utilizada quando precisamos de um impulso de energia.
Este processo ocorre após uma sinalização através das vias metabólicas e hormonais para desencadear o aumento da produção de creatina. Quando a energia nas células diminui, os sensores celulares sensíveis à mudança de ATP entram em ação. Então, eles enviam sinais hormonais para o desenvolvimento de creatina, reiniciando o processo de ATP.
Vale destacar que a estimativa de armazenamento de creatina no corpo de um homem saudável com 70kg é aproximadamente 120g, sugere este estudo. Esse armazenamento é feito tanto pela produção natural quanto por meio de dietas e suplementação.
Considerações finais
A creatina é mais do que apenas um suplemento popular; é uma molécula vital que nosso corpo produz e utiliza diariamente. Seja através da produção endógena ou exógena, a creatina continua sendo uma aliada poderosa para nossa saúde e desempenho físico.
E você, já sabia como a creatina era produzida?
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Perguntas Frequentes
O corpo produz creatina suficiente para nossas necessidades diárias?
Sim, para a maioria das pessoas, o corpo produz creatina suficiente. No entanto, atletas ou indivíduos com alta demanda energética podem se beneficiar da suplementação.
A suplementação de creatina afeta a produção natural do corpo?
Não, a suplementação de creatina não inibe a produção natural do corpo, mas pode complementá-la.
Existem condições de saúde que afetam a produção de creatina?
Sim, algumas condições genéticas podem afetar a capacidade do corpo de produzir creatina.
Como a dieta pode influenciar a produção de creatina?
A ingestão de alimentos ricos em creatina, como carne vermelha e peixes, pode aumentar os níveis de creatina no corpo.
Como aumentar os níveis de creatina naturalmente?
Além da dieta, exercícios regulares e uma boa hidratação podem ajudar a otimizar os níveis de creatina no corpo.